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Hanoi-Vietnã

  • Foto do escritor: Juliana Lazzari
    Juliana Lazzari
  • 10 de jan. de 2017
  • 6 min de leitura

O Vietnã, país exótico do Sudeste Asiático, é sem dúvida um grande destino. Possuí belezas naturais incríveis, trânsito caótico, a loucura das cidades asiáticas, comidas gostosas, preços baixos, e um povo muito simpático, atencioso e sorridente.

Hanói, capital do Vietnã, me causou sentimentos que misturaram surpresa, espanto e estresse. Embora seja a cidade mais caótica que eu já visitei, ela tem seu charme, além de ser ponto de partida para quem vai visitar Halong Bay (a incrível baía declarada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, escrevi sobre este passeio em outro post).

A foto mostra alguns passeios para fazer no Vietnã.


Hanói é uma cidade intensa! Logo na chegada você é bombardeado com barulho, cheiro, poluição visual e sabores para lá de diferentes.

E com o trânsito caótico! Hahahaha.. É uma loucura a quantidade de motos que tem nas ruas. E quando você decidir atravessar a rua siga em frente e não pare, os motoqueiros irão desviar de você, as pessoas costumam dizer: "engate a primeira e vai".


Ruas movimentadas no centro de Hanói.

Barbeiro de rua em Hanói: Instalação montada na calçada! Isso mesmo, você pode cortar os cabelos, fazer barba e bigode durante a sua travessia!


Vendedora de animais exóticos, em uma das ruas movimentadas de Hanói. Infelizmente as tartarugas no Vietnã são consideradas animais da sorte e para atraírem longevidade e por isso são encontradas para compra em diversos lugares.


Vestimentas usadas para se proteger do sol. Aqui na Ásia ainda se tem uma cultura muito forte da beleza estar relacionada a pele clara, como ocorreu para nós no século 19, onde o padrão estético valorizava a pele clara como indicador de condição socioeconômica mais elevada. Por isso as pessoas aqui ainda evitam a exposição excessiva ao sol e utilizam roupas e acessórios que sirvam como meios de proteção. E apesar do calor intenso as pessoas andam toda cobertas e muitas vezes em baixo de sombrinhas.


Vendedor de abacaxi no centro de Hanói. Aqui na Ásia, pelo menos nos países que visitei, é bem comum encontrar vendedores ambulantes de frutas frescas e descascadas na hora.


Tradicional sopa vietnamita: A Pho, como é chamada, é servida no café da manhã e é uma sopa de macarrão de arroz com carne e especiarias. Uma delícia!


Catedral St. Joseph: Ao contrário dos países vizinhos, é bastante comum ver igrejas católicas no Vietnã. Uma das mais bonitas fica em Hanói próxima do Lago Hoan Kiem. Foi inaugurada em 1886.

Alguns pontos turísticos que visitamos:

Lago Hoan Kiem

No coração da cidade de Hanói fica um dos pontos mais agradáveis o Lago Hoan Kiem, que serve como ponto de encontro dos moradores. E serve também como um importante ponto de referência porque é muito fácil se perder pelas tumultuadas ruas de Hanói. A margem é cheia de cafés, restaurantes e bares.

Old Quarter

O Old Quarter, bairro antigo, fica perto do lago Hoan Kiem, e mantém a arquitetura original e antiga da cidade de Hanói. No início do século XX a cidade era constituída por cerca de 36 ruas, a maioria dos quais são agora parte do bairro antigo. Cada rua tinha comerciantes e famílias especializadas em um determinado comércio, talvez por isso ainda se mantenha desta maneira, pois existe a rua onde são vendidos tênis, a rua do artesanato, a rua das coisas de alumínio, das mochilas, e assim por diante, cada rua com a sua especialidade.

Rua das "coisas" de alumínio.

Templo da Literatura

O Templo da Literatura foi construído em 1070 em homenagem a Confúcio, sábios e estudiosos, é uma joia da arquitetura vietnamita e foi a primeira universidade do país.


O templo é o símbolo da nota de 100.000 đồng vietnamita .

Fine Arts Museum

O Museu de Belas Artes do Vietnã guarda muitos tesouros do patrimônio cultural e artístico vietnamita. Oferece ao público conhecimentos únicos sobre a cultura e a história das comunidades étnicas do Vietnã. E fica localizado bem próximo ao Templo da Literatura.

O museu não exibe apenas pinturas, cerâmicas e lacas criados por artistas modernos do pós-guerra, mas muitos cenários que remontam o tempo pré-histórico e o feudalismo.

Infelizmente, muitos dos trabalhos artísticos encontrados no museu são réplicas, pois os originais foram em grande parte destruídos durante a guerra do Vietnã. Mas, isso não desmerece as obras encontradas por lá, que são belíssimas.

A exposição permanente do museu é apresentada em seis temas principais: Artes pré-históricas, Artes do século XI ao século XIX, Artes do início do século XX até o presente, Artes tradicionais, Artes folclóricas populares e Cerâmica.

Vendedor de armadilhas (tipo redes) para pescaria. Muitas vezes o vendedor transportava assim mais de 800 armadilhas de diferentes tipos para a pesca de pequenos peixes.

Bicicleta usada para vender as armadilhas citadas na foto acima.

Representação da confecção do tradicional chapéu vietnamita, usado até hoje.

Lau then ceremony of the Tay: Cerimonia religiosa que era organizada para rezar pela paz, sorte, saúde e produção agrícola. Tinha música típica, bebidas e dança. Cada ritual possuía uma música específica.

Pagoda Trấn Quốc

É a pagoda mais antiga de Hanói, foi construída no século VI (possui mais de 1450 anos).

Ela é vermelha porque na cultura vietnamita e também na chinesa o vermelho simboliza sorte e prosperidade.


Há muito simbolismo budista no Templo Trấn Quốc. A roda de oito raios ou roda Dharmachakra é o símbolo do Budismo que representa o ciclo da morte, renascimento e iluminação. Há também diversas estátuas de flor de lótus que simbolizam a pureza da mente, corpo e fala. A flor de lótus também simboliza a iluminação e realização. Na pagoda elas representam ainda a beleza da natureza no Vietnã.


No santuário principal, da pagoda, são queimados incenso, para enviar desejos aos deuses e receber boa sorte, eles são sempre queimados em números ímpares porque os números ímpares são considerados afortunados na cultura chinesa e vietnamita. Também são feitas oferendas com comidas ou pequenas quantias de dinheiro como um presente para os deuses para atraírem prosperidade.

Ho Chi Minh Museum

É um museu dedicado ao falecido líder vietnamita Ho Chi Minh e a luta revolucionária do Vietnã contra as potências estrangeiras. Foi construído nos anos 90. Lá também fica o Mausoléu de Hồ Chí Minh (vietnamita: Lang Hồ Chí Minh) que é um grande monumento onde está o corpo do líder vietnamita Hồ Chí Minh, preservado em um caixão de vidro no salão central do mausoléu.


Curiosidades sobre a triste guerra do Vietnã:

A Guerra do Vietnã foi marcada pela violência dos bombardeios, pelo uso das armas químicas e por novas tecnologias militares. O conflito deixou mais de 1 milhão de mortos (civis e militares) e o dobro de mutilados e feridos. A guerra arrasou campos agrícolas, destruiu casas e provocou prejuízos econômicos gravíssimos no Vietnã.

As armas químicas foram fartamente usadas pelos EUA, durante a Guerra do Vietnã. A mais conhecida delas foi o napalm, uma mistura de gasolina com uma resina espessa da palmeira que lhe deu o nome e que, em combustão, gera temperaturas a 1.000 °C. Se adere à pele, queima músculos e funde os ossos, além de libertar monóxido de carbono, fazendo vítimas por asfixia.

Além do napalm, o exército norte-americano despejou sobre o Vietnã cerca de 80 milhões de litros de herbicidas. Entre eles, o mais utilizado, devido à sua terrível eficácia, foi o agente laranja, que é uma combinação de dois herbicidas sendo que a síntese de um deles gera um subproduto cancerígeno, a Dioxina tetraclorodibenzodioxina, considerada uma das substâncias mais perigosas do mundo.

O impacto ecológico do uso dessas armas químicas foi catastrófico para a cobertura vegetal e para a população que habitava a região.

Mais de 40 anos depois da guerra, a dioxina produzida pelo agente laranja continuava biologicamente ativa.

A dioxina foi culpada pela alta incidência de doenças de pele, malformações genéticas, câncer, incapacidades mentais e outros problemas que afetam a população vietnamita (e ex-militares dos EUA). Milhares de crianças nasceram com problemas de pais que não foram expostos ao herbicida durante a guerra, mas que comeram alimentos contaminados por ele. Como de praxe, a maioria das vítimas pertence às famílias mais pobres.

Fonte:

http://www.vn-agentorange.org Acessado em janeiro de 2015.

Michael F. Martin. Vietnamese Victims of Agent Orange and U.S.-Vietnam Relations. Congressional Research Service. August 29, 2012.

Pamela S. King, B.S. THE USE OF AGENT ORANGE IN THE VIETNAM WAR AND ITS EFFECTS ON THE VIETNAMESE PEOPLE. Georgetown University Washington, D.C. October 13, 2010.



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