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Coréia do Sul: Um sonho realizado

  • Foto do escritor: Juliana Lazzari
    Juliana Lazzari
  • 30 de jan. de 2017
  • 9 min de leitura

Viajar para a Coréia do Sul foi a realização de um sonho que jamais imaginei poder realizar, por ser um país muito longe do Brasil.


Então, neste post escreverei sobre a nossa viagem, e mostrarei curiosidades e informações que possam ser relevantes para você que pretende viajar à Coréia do Sul, ou que tenha curiosidade sobre este país ainda tão desconhecido para nós do ocidente.


Se você tiver curiosidade de saber um pouco mais sobre a Coréia do Sul, leia também o post: Coreia do Sul: um pouco sobre este país.


Escolhemos como destino Seul, capital da Coreia do Sul, e ficamos por lá 3 dias, que foram o suficiente para conhecermos as principais atrações da cidade.


Lugares visitados:

Palácio Gyeongbokgung

Seu nome significa “palácio grande e abençoado pelo céu”. Foi construído em 1395, no coração de Seul, cercado pelo Monte Bugaksan e pelo Monte Namsan. É o mais bonito, e o maior dos cinco palácios de Seul. Foi o centro do poder durante a Dinastia Joseon. Entre os anos de 1592 a 1598, período da invasão japonesa, o palácio foi destruído. E foi finalmente reconstruído em 1867.

Por lá é possível encontrar coreanas vestidas com o Hanbok, vestido tradicional geralmente utilizado em festas e celebrações, como em casamentos.

É o local perfeito para observar o estilo da arquitetura coreana. Possui uma paisagem fantástica, pois fica no meio das montanhas, e possui um belíssimo jardim.

Na frente do palácio acontece diariamente, às 10 e às 14 horas, a cerimônia de troca de guardas. Um espetáculo bem bonito!

Tivemos como presente de Deus poder visitar o palácio em um dia que havia nevado, e por isso os lagos estavam congelados, tornando a paisagem ainda mais deslumbrante!

Conversando com moradores de Seul, eles disseram que a paisagem fica muito linda também na primavera, quando o jardim fica repleto de flores. Se eu tiver oportunidade, quero voltar nesta época (entre março e maio).


Leia mais em: http://www.royalpalace.go.kr

The War Memorial of Korea (Memorial da Guerra da Coréia)

Localizado em Yongsan-gu, Seul, o Memorial da Guerra da Coréia possui em exibição materiais relacionados com as principais guerras que a Coréia enfrentou em sua história. O museu abriga artefatos que estão em exibição em salões internos e externos. O salão de exposições ao ar livre exibe armas de grande porte, navios aviões e tanques de guerra.

O Memorial de Guerra foi construído para homenagear as vítimas e os heróis das guerras. Também tem o objetivo de educar as gerações futuras coletando, preservando e exibindo várias relíquias históricas e registros relacionados com as muitas guerras vividas no país a partir de uma perspectiva sul-coreana.

A construção do Memorial de Guerra da Coréia foi concluída em dezembro de 1993.

Navio tartaruga ou barco tartaruga: foram usados pela dinastia Joseon entre os séculos XV e XVIII. A cobertura do navio era feita com pranchas cobertas de picos de ferro e entre estes havia um pequeno caminho em forma de cruz que servia de passagem para a tripulação. Os picos eram uma excelente estratégia porque, além de proteger os marinheiros coreanos, causava logo baixas nos atacantes, principalmente japoneses que tinham como como tática de ataque invadir os navios para um combate corpo a corpo.

No centro da praça tem uma estátua dos Irmãos coreanos, o mais velho representa um soldado sul-coreano e o mais jovem um soldado norte-coreano, que simboliza a situação da divisão das coreias.


DMZ: Demilitarized Zone (Zona Desmilitarizada)

Um dos episódios mais marcantes da história da Coréia foi a divisão do país, que já dura mais de 50 anos. A vizinha Coreia do Norte é o pais mais fechado do mundo, e por isso gera muita curiosidade. Para quem visita Seul, existe a opção de, com uma excursão fechada, conhecer a região desmilitarizada que divide os dois países. Este passeio é imperdível.

Não esqueça de levar o seu passaporte pois há postos militares de verificação durante o trajeto. Apesar do clima turístico da região, os dois países ainda estão teoricamente em guerra, e as visitas à fronteira são restritas.

Com o céu límpido e claro, foi possível visualizar a Coréia do Norte à distância, mesmo sem o uso do telescópio. Visitamos a Dorasan Station, o Dora Observatory, a Ponte da liberdade, o Parque da Paz e o Terceiro Túnel de infiltração. Todos esses lugares são impressionantes.

O terceiro túnel de infiltração é um dos quatro túneis descobertos como prova das tentativas da Coreia do Norte de atacar a Coreia do Sul e tomar Seul. Possui 1635 metros, sendo que temos acesso a apenas 265 metros a partir do lado sul-coreano, pois foram colocadas três barreiras de modo a se prevenir uma futura invasão dos norte-coreanos. Para acessá-lo, descemos por outro túnel de 300 metros de comprimento construído posteriormente pelos sul-coreanos após a interceptação.

Deve-se utilizar capacete durante todo o percurso, pois existem trechos com com menos de 1,65 m de altura. Fiquei impressionada com a estrutura e com o tamanho deste túnel, é quase inacreditável! Imagino o quanto tenha sido difícil construí-lo e quantas pessoas devem ter perdido suas vidas durante a construção.

Neste monumento, no seu interior, é possível visualizar de um lado o mapa da Coréia do Sul e do outro o mapa da Coréia do Norte.

Costuma-se dizer que a Zona Desmilitarizada Coreana é o lugar mais perigoso na Terra. Esta distinção é muito provavelmente verdadeira - numa faixa de 4 km de largura com montanhas e encostas que separam os dois países, ambos os lados são cercados por tropas, postos de guarda, tanques, mísseis, bunkers, armas, minas terrestres e outras ferramentas de morte e destruição.

No entanto, apesar do fato de ser a fronteira mais fortemente armada do mundo, é extremamente raro que ocorram quaisquer hostilidades. A DMZ talvez seja uma ironia suprema, pois de lá é possível observar a misteriosa Coréia do Norte, mas você não sente medo, pois é cativado pela suprema tranquilidade e pelo silêncio, pelas exuberantes encostas verdes, e por um sentimento de paz.

N Seul Tower

A N Seul Tower tem 236,7 metros e fica no topo da montanha Namsan (243 m). Este observatório oferece uma vista panorâmica deslumbrante de Seul.

Distância de Seul para algumas cidades do Brasil.

Utilizamos o teleférico para chegar até a montanha, e depois concluímos o trajeto a pé até a torre. Há quatro plataformas de observação, lojas e restaurantes.

Além do mirante a N Seul Tower é conhecida também como um santuário romântico para os casais apaixonados, que desejam declarar amor eterno. Da mesma forma que na Pont de l’Archevêché em Paris, os portões da torre são lotados de cadeados de várias cores e tamanhos, contendo nomes dos casais apaixonados. Ao contrário de tantas outras cidades, a cidade de Seul estimula as pessoas a colocarem seus cadeados, com isso, ao longo dos anos, os arredores da torre vem sendo decorado com milhares de cadeados por todos os lados.

Cheonggyecheon Stream (riacho despoluído de Seul)

Cheonggyecheon é um riacho de 11 km de comprimento que corre pelo centro de Seul. Ele havia sido coberto por uma autoestrada. Em 2003 a estrada foi removida, ele foi restaurado e completamente despoluído. Hoje serve como área de lazer, as pessoas adoram fazer piqueniques nas suas margens.

Caminhando pelo riacho, nos impressionamos com a transparência da água e a limpeza do local. É um lugar bem bonito e agradável.



Catedral Myeong-dong

A Catedral Myeong-dong é a Igreja da Arquidiocese de Seul, e também foi o berço da comunidade da Igreja Católica na Coréia. Está localizada no centro de Seul, perto da Namsangol Hanok Village (bairro das casas tradicionais coreanas), N Seul Tower, Namdaemun Market (mercado tradicional com uma grande variedade de alimentos e mercadorias).

Diferente da maioria dos países da Ásia, onde grande parte da população é budista, na Coréia do Sul, existem muitas outras religiões, dentre elas a católica.

Namdaemun Market

O mercado de Nandaemun é o maior mercado tradicional da Coréia. Localizado no centro de Seoul, se encontra de tudo por lá: desde prédios com andares inteiros só de bijuterias, roupas da estação, utensílios de cozinha e souvenires, até as lojas de rua com calçados, casacos e cosméticos, e são no geral bem baratos (mas não esqueça de negociar e levar dinheiro vivo, sempre dão mais desconto).

Lá também encontramos ruas só de comidas locais, algumas bem esquisitas, e como quase tudo é escrito em coreano, muitas delas não fizemos a mínima idéia do que são.

Como o mercado é grande e os horários de abertura e fechamento variam de loja em loja, é aconselhável planejar com antecedência o que se pretende comprar. Vale muito a pena passar algumas horas por lá.

Templo Jogyesa

O Templo Jogyesa é o principal templo coreano zen-budista. Um majestoso e elaborado santuário que é um presente para os olhos.

Possui várias árvores ao seu redor muitas delas centenárias como um pinheiro de 500 anos de idade.

Fomos surpreendidos ao encontrar um belo cenário de paz e de calma no meio da agitada e aglomerada cidade de Seul.

Insadong Street

Insadong Street é uma das atrações mais memoráveis ​​em Seul, representa o ponto focal da cultura tradicional coreana e do artesanato.

As lojas em Insadong tem uma variedade de produtos para serem comprados ou somente apreciados como: hanbok (roupa tradicional), hanji (papel tradicional), inúmeros tipos de chás (bebida muito apreciada na Coréia), lindas cerâmica, e artesanato popular.

Bukchon Hanok Village

Uma caminhada pela Bukchon Hanok Village dá ideia de como é a vida em uma vila tradicional coreana. Este bairro, com seus seis séculos de história, localiza-se entre dois dos mais lindos palácios da cidade, Gyeongbokgung e Changdeokgung. Ao contrário de outras vilas típicas, Bukchon não foi construída para turistas. Era onde a classe dirigente vivia durante a Dinastia Joseon, e alguns descendentes da aristocracia ainda moram por lá.

Bukchon Village abriga cerca de 900 casas tradicionais. Estas casas são feitas de pedra, madeira e terra e tem os telhados inclinados. Você pode visitar algumas dessas casas, que ainda têm um interior com tatames finos no chão e uma mesa de jantar baixa com almofadas como assentos. Em outras residências, é possível participar de oficinas tradicionais de artesanato.


Comidas de rua

Para encerrar este post, não posso deixar de comentar sobre as comidas de Seul, que me causaram muita curiosidade, surpresa e em alguns casos também espanto.

Barraquinha com proteção contra o frio. Neste dia a sensação térmica era de -20°C.

Se tem algo muito popular na Coréia do Sul são as comidas de rua. Você encontra comidas tradicionais deliciosas para todo lado, e sempre com preços muito atrativos. Os menus normalmente não estão escritos em inglês, por isso tome cuidado na hora de fazer seu pedido. De resto, aproveite, pois a culinária tradicional coreana é deliciosa!

Cardápio de uma churrascaria coreana. Neste dia para poder fazer nosso pedido usamos muita mímica e alguns desenhos.


As comidas que experimentamos foram excelentes, particularmente gostei mais da comida coreana do que da tailandesa.

Churrascaria coreana: provando o delicioso Kimchi. Uma curiosidade é que como tradicionalmente não se usam facas durantes as refeições, as carnes são cortadas com uma tesoura.

Kimchi (kim-chi): é um acompanhamento do prato principal, do café da manhã e do jantar. É a grande estrela da cozinha coreana. Superpicante, é uma conserva em salmoura e fermentada. O tradicional é de acelga, mas são comuns kimchis de nabo, rabanete e repolho.

Steamed beef short ribes: É um belo exemplo das gostosas comidas tradicionais coreanas, que se baseiam em combinações de muitos sabores, com ingredientes como: gengibre, pimenta, amendoim, batata doce, cebola, alho, cenoura, entre outros. A carne era tão macia que podíamos cortar com a colher.

Tteokbokki: é uma massa macia feita de arroz, parece um nhoque só que cortado em formato de cilindro. Existem vários tipos de tteokbokki: picante (molho de pimentão vermelho meio adocicado), com molho de soja, com queijo, com nata, dentre outros, é muito fácil de serem encontrados na rua. O mais popular é o com molho de picante.

Hotteok: é uma panqueca de massa de farinha de trigo recheada com mel. Doce como um sonho!

Mas alguns coreanos tem um gosto no mínimo inusitado: você já imaginou comer em um prato no formato de um vaso sanitário? Isso mesmo, é meio estranho, para mim bem nojento, mas é real, como podemos ver no cartaz de um restaurante:

E um chá com gosto de pipoca salgada, você tomaria? Eu só tomei porque não sabia que este era o gosto do chá que estavam distribuindo gratuitamente nas ruas de Seul.


Outras bebidas diferentes que vimos em um supermercado de Seul.

Esta viagem foi bem marcante para nós, pois conhecemos uma cultura muito diferente da nossa e diferente também dos outros países da Ásia que visitamos.

A Coréia do Sul é um país que já foi arrasado pela guerra inúmeras vezes e que se reergueu, ressurgiu ainda mais forte. Com pessoas muito educadas e gentis, comida boa e belíssimos lugares.

Além da modernidade, que algumas vezes fez a gente se sentir no futuro como a estação do metrô, onde já não existem mais pessoas trabalhando, só existem máquinas. E também as máquinas de lanche, cafés e bebidas que estão por todos os lados.

Máquinas de lanche, cafés e bebidas que estão por todos os lados.

Metrô de Seul.

Esta viagem valeu muito a pena. Foi muito marcante!


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