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Rio de Janeiro: um passeio pelo Centro Histórico

  • Foto do escritor: Juliana Lazzari
    Juliana Lazzari
  • 2 de jul. de 2018
  • 6 min de leitura

O Rio de Janeiro encanta pela sua natureza exuberante repleta de montanhas, florestas e belíssimas praias, mas também respira história, cultura e boemia. E alguns dos seus recantos, como o centro histórico é cercado por vias e construções centenárias que ilustram trechos importantes da história do Brasil, do período imperial até a república.


O visitante que caminhar pela Avenida Rio Branco, passar pelo Largo da Carioca, Cinelândia, retornar e pegar a rua do Ouvidor até a Rua Primeiro de Março, encontrará museus, centros culturais e logradouros em que habitavam personagens de obras de Machado de Assis e representavam o ponto de encontro de intelectuais até meados do século 20.

E é possível fazer isso de uma maneira super-divertida com um guia através do free walking tour. O guia conduz o grupo por diversos pontos turísticos e vai narrando a história do Brasil, de uma maneira didática e descontraída.


No grupo que eu participei haviam brasileiros, alemães e israelitas. O tour foi conduzido em inglês, foi muito bom para praticar inglês, para conhecer outras culturas e pessoas que vivem em outros países, mas é possível fazer o tour em espanhol e em português é claro.

O tour é gratuito, eu contratei pela internet. Optei por fazer o Strawberry Tours. Nosso guia foi o Rômulo. Ele foi muito atencioso, explicou muito bem sobre os pontos de interesse e nos deu uma verdadeira aula de história.


Apesar do tour ser free, ou gratuito, é de bom grado dar um valor que você considere justo ao guia, visto que ele passa mais de 4 horas com o grupo. Eu dei a ele R$40,00.

Neste post vou tentar apresentar, de maneira sucinta, todos os pontos turísticos visitados durante o tour.

Serão apresentados os seguintes pontos turísticos:

Igreja da Candelária

Paço Imperial

Chafariz ou Fonte da Pirâmide

Rua do Ouvidor

Confeitaria Colombo

Igreja da Irmandade dos Militares

Catedral São Sebastião

Arcos da Lapa

Escadaria de Selaron

Espero que vocês curtam o post e que possam se divertir e aprender um pouquinho da história do nosso Brasil.

Igreja da Candelária:

A igreja da Nossa Senhora da Candelária é uma das mais famosas e belas igrejas do Brasil.

O nome da igreja tem uma origem não comprovada historicamente. Conta a lenda que, no início do século 17, uma tempestade quase teria provocado o naufrágio de um navio espanhol onde estavam um casal que sobreviveu a tempestade. O casal teria feito uma promessa de edificar uma capela dedicada à Nossa Senhora da Candelária caso escapasse com vida. Cumprindo a promessa, na chegada ao Rio de Janeiro, por volta de 1600-1630, cuidaram de construir uma pequena capela no local onde atualmente fica a igreja.

Porém, os registros oficiais começam somente a partir de 1710, quando aconteceu a primeira reforma da igrejinha paroquial.

A cúpula, feita de pedra lioz portuguesa, trazidas de Lisboa, foi por muito tempo a mais alta construção da cidade. Além disso, a fachada está voltada para a Baía da Guanabara, principal via de entrada da cidade na época da sua construção.

Fontes consultadas:

http://www.visit.rio/que_fazer/igreja-de-nossa-senhora-da-candelaria

http://www.guiaculturalcentrodorio.com.br/igreja-de-nossa-senhora-da-candelaria


Paço Imperial

Registrando importantes fatos históricos do Brasil Colônia, Real e Imperial, entre eles, o Dia do Fico, a Abolição da Escravidão e a Proclamação da Independência do Brasil, o Paço Imperial que foi também a antiga residência do governador e do Vice-Rei no século XVIII. É um monumento histórico, situado no corredor cultural do Rio de Janeiro.

No Paço Imperial, as expressões do mundo atual dialogam com as referências do passado, convidando o visitante a passear pelos tempos. Sua programação diversificada inclui exposições de artes visuais, arquitetura e design, espetáculos de artes cênicas, concertos musicais, seminários e palestras.

Fontes consultadas:

http://www.amigosdopacoimperial.org.br

http://www.visit.rio/que_fazer/pacoimperial

Chafariz ou fonte da pirâmide

Embora nos dias de hoje associamos a palavra chafariz à um elemento paisagístico cuja função é meramente decorativa, em tempos passados o chafariz era sinônimo de fonte para suprimento de água para a população. E a função do Chafariz da Pirâmide era abastecer com água as embarcações que ancoravam próximas ao cais da Praça 15, antigamente conhecida como Largo do Paço. Isso mesmo, ele fornecia água às imediações e aos marinheiros das embarcações.

Quando o Chafariz foi construído ele se encontrava muito próximo ao mar, mas com o decorrer dos anos, aterros sucessivos foram feitos, distanciando o mar cada vez mais do chafariz.


O chafariz é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e o autor do projeto e obra é o Mestre Valentin, que possui inúmeras obras e esculturas espalhadas pelo Rio de Janeiro, feitas no final do século 18.

Fontes consultadas:

http://www.riodejaneiroaqui.com/pt/chafariz-da-piramide.html

http://www.iphan.gov.br http://www.rio.rj.gov.br/fpj

Rua do Ouvidor:

A Rua do Ouvidor era considerada a rua mais importante da cidade do Rio, pois nela se localizavam a maioria dos jornais cariocas e por isso ela era o lugar para o qual se dirigia grande parcela da população em busca de notícias.

Os cafés, as livrarias, tudo que vinha de novidades do “Velho Mundo”, antes passava pela Rua do Ouvidor.


Ali se instalaram muitos comerciantes que introduziram lojas de artigos variados voltadas à moda e costumes das grandes cidades européias. Por isso esta rua se tornou um endereço de requinte e elegância. Onde estavam as melhores lojas de artigos finos, lojas de roupas da moda, cabeleireiros, perfumarias, cafés, confeitarias, casas de música e livrarias que assim atraíam para o local a sociedade com maior poder aquisitivo da época. Em 1900 houve a inauguração da Avenida Rio Branco e esta lhe tirou este posto.

Na rua do ouvidor ficava e ainda permanece localizada a famosa Confeitaria Colombo.

Fontes consultadas:

Milena da Silveira Pereira. Palco das letras: um passeio pela Rua do Ouvidor do século XIX. Encontro regional Memória e Patrimônio, 2010. ANPUH. ISBN 978-85-60979-08-0

http://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/rua-do-ouvidor-historia.html

Confeitaria Colombo

A tradicional Confeitaria Colombo, fundada em 1894, é Patrimônio Cultural e Artístico do Rio de Janeiro. Com mais de 120 anos, é conhecida por ter sido ponto de encontro de artistas, políticos e intelectuais – entre eles Olavo Bilac, Rui Barbosa, Villa-Lobos, Getúlio Vargas, Chiquinha Gonzaga. Ela foi espaço para debates engajados e muitas decisões políticas.

Com espelhos belgas, bancadas de mármore italiano, vitrines em Jacarandá e as lindas louças europeias, ela se parece muito com as confeitarias francesas tradicionais de Paris, e remete a Belle Époque nacional. Ela mantém o mesmo mobiliário do século 19, e é uma parada obrigatória para os turistas.

Igreja da Irmandade dos Militares

A Igreja de Santa Cruz dos Militares é uma igreja muito bonita que possui o privilégio de estar agregada à Basílica Vaticana, desde 1923, pelo papa Pio XI.

Sua fachada possui estilo neoclássico e é semelhante à da célebre Igreja Jesuítica de Roma na Itália, assim como a da Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, no centro de Lisboa em Portugal.

Fontes:

http://www.rioecultura.com.br/coluna_patrimonio/coluna_patrimonio.asp?patrim_cod=78

http://www.riocidademaravilhosa.com.br/oquefazer/templos/santacruzmilitares/

Catedral São Sebastião

A Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, também conhecida como Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro foi inaugurada em 1979.

Possui um estilo moderno, em formato de cone e vitrais coloridos que permitem uma linda iluminação interna. Segundo alguns, seu formato foi inspirado nas naves do Projeto Apollo, como símbolo do futuro; segundo outros, inspirado nas pirâmides.

No subsolo da igreja, fica o Museu de Arte Sacra, com destaque para a fonte usada para batizar os príncipes da Família Real, a estátua de Nossa Senhora do Rosário, o trono de Dom Pedro II e a Rosa de Ouro concedida à Princesa Isabel pelo Papa Leão XIII celebrando sua assinatura do Ato de Abolição da Escravatura no Brasil.

Fontes:

http://www.visitbrasil.com/pt/atracoes/catedral-de-sao-sebastiao-do-rio-de-janeiro.html

http://www.catedral.com.br

Arcos da Lapa

O Aqueduto da Carioca, conhecido como Arcos da Lapa, foi utilizado por muito tempo para levar água para abastecer a população da cidade. A estrutura, feita em pedra, possui 42 arcos duplos.

E além de ser o símbolo mais representativo do Rio Antigo, preservado na região da boêmia da Lapa, hoje ele é um dos cartões postais da cidade.

Os Arcos da Lapa são considerados a obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial. Ao seu redor, estão duas das mais importantes casas de shows da cidade: a Fundição Progresso e o Circo Voador.

Fontes:

https://diariodorio.com/historia-dos-arcos-da-lapa/

http://visit.rio/que_fazer/arcosdalapa/

Escadaria de Selaron

A Escadaria Selaron liga o Largo da Lapa ao bairro de Santa Teresa próxima ao convento de mesmo nome. Decorada com inúmeros azulejos por um artista plástico chileno, radicado no Brasil, Jorge Selaron. Ela se tornou um ponto turístico do Rio de Janeiro atraindo inúmeros visitantes. Tem 215 degraus e 125 metros. A obra começou em 1994 e só foi concluída em 2010.

Jorge Selaron era pintor e ceramista, morava e tinha seu atelier na mesma ladeira da escadaria. Ele queria revitalizar essa área, e por isso deu início a essa gigante e bonita obra de arte e de decoração.


Ela é considerada a maior escultura do mundo realizada por um único artista já que Jorge Selarón sempre trabalhou sozinho, contando unicamente com os rendimentos das vendas de seus quadros e com eventuais doações de moradores. Segundo Jorge Selarón essa escadaria possui azulejos de 130 países diferentes, sendo que alguns foram adquiridos por ele na cidade do Rio e outros, trazidos do exterior por amigos e colaboradores.

A história dessa gigantesca obra de arte e a vida do autor renderam alguns filmes: um média-metragem, dirigido por José Roberto Mesquita e Renata Brito, intitulado “Selarón - A Grande Loucura”, em 2003 e um documentário curta-metragem de Rafael Bacelar Nogueira,“O Vermelho de Selarón” em 2010.

Fontes:

https://www.greenme.com.br/morar/arte-urbana/3662-escadaria-selaron-lapa-rio-janeiro

http://www.riodejaneiroaqui.com/pt/escadaria-selaron.html

Esse passeio pelo centro histórico do Rio de Janeiro foi uma aula de história, uma volta ao passado e ainda não acabou, logo eu postarei a segunda parte. Espero que vocês tenham gostado. E como eu não ganho nada com os meus textos só peço para que vocês que curtam, deixem o seus cometários, suas críticas, sugestões e compartilhem.

Muito obrigada pela sua atenção e por disponibilizar seu tempo para esta leitura.

Até breve.

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